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Carreata Ulisses Guimarães

A carreata do candidato a deputado federal Ulisses Guimarães, realizada na manhã do último sábado (17), pela zona oeste da cidade, passando por bairros como Vila Cruz, Vila Rica, Maria Imaculada, Vila Togni, mobilizou centenas apoiadores de Poços e região. Vieram eleitores, prefeitos, vereadores e lideranças das cidades de Ouro Fino, Caldas, Santa Rita de Caldas, Ibitiúra de Minas, Santa Rita do Sapucaí, Botelhos, Bandeira do Sul e Andradas.

Ulisses Guimarães foi à frente, em cima de uma camionete conversando com as pessoas que encontrava, mandando a mensagem da campanha 1516, a Campanha do Bem. No total participaram 233 carros. A música da campanha também era tocada e um locutor de rodeios, amigo de Ulisses, puxava a turma.

“A carreata é uma oportunidade da gente ter esse contato olho no olho com mais pessoas e poder levar a mensagem da nossa campanha. Esse tanto de carro, que, na verdade, são pessoas, mostra a força que a campanha tem, e que só vem crescendo. Eu estou realmente preparado para representar Poços e região em Brasília. Estamos muito perto de Poços voltar a ter o seu deputado federal. Vamos juntos. Federal dessa vez, é Ulisses 1516”, declarou Ulisses Guimarães.

Veja todas as fotos da carreata aqui.

No próximo sábado, dia 24 de setembro, a carreata de Ulisses Guimarães vai percorrer a zona Leste da cidade. A concentração será às 14h, na Escola Municipal Edir Frayha, Jardim Nova Aurora.

Em Poços de Caldas, depois de 10 anos de espera, é publicado edital para a construção do Hospital Regional do Câncer

Esperança é um sentimento que mexe com a gente. Ela nos inspira e nos dá energia durante a caminhada. Ao ler os jornais pela manhã fiquei embebido nessa sensação ao saber que estudos com vacinas contra o câncer estão surtindo efeitos positivos.

Isso mesmo, imagine a gente ter vacina contra o Câncer? Eu mesmo já tive duas pessoas da minha família que passaram por tratamento e sei o quanto é difícil para o paciente e familiares. E em muitos casos sabemos que nem há tratamento, infelizmente. Mas aí está a ciência, mais uma vez nos transportando para essa dimensão da esperança, da efetividade, da realização. Vivenciamos isso com a vacinação contra a Covid-19, não é mesmo?

A vacina contra o câncer produzida a partir do DNA do próprio paciente, alcançou resultados iniciais esperançosos em estudos clínicos do Clatterbridge Cancer Center, um dos principais centros de estudos médicos da Inglaterra.

Ela foi aplicada como tratamento complementar em cânceres de cabeça e pescoço, aqueles que acometem as regiões da boca, faringe (garganta), laringe e cavidade nasal, bem como a pele, glândulas salivares, vasos sanguíneos, músculos e nervos da região, além da glândula tireoide.

Nenhum dos oito primeiros pacientes vacinados teve recaída. Por outro lado, o câncer voltou em dois de oito pacientes que não haviam sido imunizados. Embora os números ainda sejam pequenos para conclusões estatísticas, entre os pesquisadores, há um otimismo para as próximas fases da pesquisa.

Vale a gente reforçar que Clatterbridge Cancer Center foi o primeiro hospital inglês a oferecer o tratamento. Um pequeno ensaio clínico com doentes com câncer nos ovários na França e nos EUA também vem mostrando resultados promissores.

E se os pesquisadores e cientistas estão focados neste futuro próximo de vacinas e novos tratamentos contra os mais diferentes tipos de Câncer, nós aqui, temos a responsabilidade cidadã e política de oferecer acesso aos tratamentos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Há 10 anos, durante o meu mandato como prefeito de Caldas, eu e outros prefeitos da região apresentamos ao então governo do estado o projeto para a construção de um Hospital Regional do Câncer. O projeto foi aprovado, o dinheiro liberado, o terreno foi comprado na cidade de Poços de Caldas e a pedra fundamental inaugurada. Mas infelizmente, o projeto não saiu do papel, o convênio assinado com o governo do estado foi suspenso e o dinheiro teve que ser devolvido. Teve ainda a troca de governos, a falta gestão política de alguns administradores da região e a falta de união para que o projeto se concretizasse.

No início deste ano veio a notícia de uma reinauguração da pedra fundamental, no mesmo local de dez anos atrás. Um edital foi publicado para que uma empresa realize a construção do tão sonhado e esperado Hospital do Câncer de Poços de Caldas. Eu estou na torcida que desta vez o projeto possa mesmo sair do papel e não ficar como uma história do passado, como da outra vez. Afinal, se passaram dez anos. Imagine quantas vidas se foram e quantos poderiam ter sido tratadas com mais dignidade.

Com todo esse imbróglio, a gente percebe o quanto é importante neste ano de 2022, elegermos deputados e senadores da nossa região. Precisamos de representantes que conheçam a nossa realidade, utilizem os mesmos serviços que a população, porque só assim haverá conhecimento, entendimento e empatia sobre a realidade dos moradores do sul e sudoeste mineiro.  Precisamos de pessoas com esse comprometimento para realmente encontrarmos a solução para o Hospital do Câncer em Poços de Caldas.

Ulisses Guimarães
Médico Veterinário, Produtor Rural e Gestor Público

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Quando a gente pensa em gestão pública tem duas áreas que são primordiais, a saúde e a educação. Não tem como um gestor fazer uma boa administração sem focar em medidas que alavanquem esses dois setores. Se a gente busca progresso, investir em Educação e Saúde é uma exigência.

A pandemia nos mostrou como o Sistema Único de Saúde (SUS) deve ser cada vez mais valorizado em um país com tantas desigualdades. O que temos no Brasil é único, e é a maneira mais democrática que temos de amparar quem mais precisa.

E quando falamos em educação projetamos o futuro das nossas crianças, o desenvolvimento social e econômico de uma comunidade. Se quisermos garantir o direito à educação para todas nossas crianças, este é o momento de colocar o pé no acelerador.

Hoje, pela Constituição, o piso de gastos do governo federal nas duas áreas não pode ser reduzido e precisa ser corrigido pela inflação do ano anterior. Já os estados precisam investir 25% na da sua receita em educação e 12% na saúde, ao passo que os municípios devem destinar 25% em educação e 15% em saúde. Esses patamares são essenciais porque têm assegurado o mínimo de desenvolvimento das duas áreas, em um país continental, tão diverso, complexo e desigual como o Brasil, que até o início dos anos 1990 só garantia escola pública a uma minoria.

Quando me tornei prefeito de Caldas, naturalmente, voltei atenção para essas duas áreas. O projeto de renovar a cidade foi se construindo junto à população e muitas ações foram implementadas nas áreas de saúde, educação e assistência social. Você sabia que as escolas de Caldas contam com material didático de escolas particulares? Com trabalho e uma boa administração a gente consegue sim, transformar vidas.

Quero aproveitar este artigo para mostrar para vocês o que conseguimos na prática de melhorias nessas áreas enquanto estive prefeito de Caldas. Vale ressaltar que nos últimos anos, mesmo sem mandato, eu articulei emendas que atenderam municípios do sul de Minas durante a pandemia, e ainda briguei junto ao Dr. Assad Aun Neto, contra o descredenciamento do Hospital Santa Lúcia de Poços de Caldas, pelo SUS. 

Abaixo compartilho algumas das realizações nas áreas de saúde e educação que até hoje reverberam muitas mudanças, e para melhor.

Saúde

A demanda da urgência e emergência nos atendimentos de saúde foi logo contida pela criação do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Macrorregião do Sul de Minas- Samu, que abrange 153 municípios. Fui o primeiro secretário, trabalhei na indicação das bases do Samu e ainda consegui o convênio com o governo do estado para utilização de um helicóptero para os atendimentos mais urgentes.

Durante a minha gestão foram contratados mais médicos e o certificado de filantropia da Santa Casa de Caldas foi recuperado, o que trouxe mais de R$1 milhão em verbas para o atendimento da população. 

Focado sempre na prevenção, consegui captar recursos para a construção de 3 novas Unidades Básicas de Saúde em Caldas (UBS São Pedro, UBS Santana e UBS central), investimos na aquisição de 10 veículos novos e realizamos convênios com hospitais regionais.

Além disso, adquirimos um aparelho de ultrassom de última geração, entregamos um novo laboratório de análises clínicas, aumentamos e descentralizamos as Equipes da Saúde da Família. Com tudo isso, a saúde de Caldas recebeu nota máxima na avaliação feita pela secretaria de Estado de Saúde. Uma gestão humanizada, com fortes investimentos garantiu acesso digno da população aos serviços de saúde e uma melhor qualidade de vida para todos!

E por falar em nota, o nosso trabalho focado na saúde e no bem-estar das pessoas também foi reconhecido na área da Assistência Social pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Em três anos, o índice de desenvolvimento do CRAS – Centro de Referência de Assistência Social-  subiu cinco pontos. De uma avaliação insuficiente (nota 4) passou para avaliação superior (nota 9) pela excelência dos trabalhos prestados à população com maior vulnerabilidade social. O CRAS atende famílias e indivíduos em situação de grave desproteção, pessoas com deficiência, idosos, crianças retiradas do trabalho infantil, pessoas inseridas no Cadastro Único, beneficiários do Programa Auxílio Brasil e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), entre outros. 

Educação

Diminuir a diferença social e proporcionar mais oportunidades são motes da educação que busquei implantar enquanto estive à frente da prefeitura de Caldas. Inovamos ao adquirir material didático, aplicado em escolas particulares, para ser usado nas escolas municipais.

O município ganhou a primeira creche municipal, que além de atender às crianças, deu oportunidade às mulheres de se manterem no mercado de trabalho. Trabalhamos ainda a sociabilização e o atendimento digno das crianças com necessidades especiais ao implantarmos o programa “Mais Educação” que oferece atendimento em tempo integral nas escolas municipais.

As escolas foram ampliadas e reformadas, a alimentação escolar ganhou atenção especial e fortaleceu o negócio local, já que os alimentos passaram a ser adquiridos dos produtores rurais do município.

 Pelo ensino superior, garantimos a gratuidade do transporte para os jovens que cursam faculdade nas cidades vizinhas de São João da Boa Vista (SP) e Poços de Caldas (MG).

 A evidência está aí: investir em educação e saúde é investir em melhores oportunidades para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Trabalhamos para formar cidadãos comprometidos, com direitos assegurados e pela valorização da democracia. Vem com a gente!



Durante a minha adolescência, com a instrução dos meus pais, comecei a ter familiaridade com a prática de separar o lixo orgânico, do lixo reciclável. Hoje em dia, quando se fala tanto em preservação do meio ambiente, parece surreal não fazer o correto descarte. Eu tive orientação e educação para entender que a simples separação de um material do outro, ajuda não só o ecossistema, mas gera emprego e renda para muitas pessoas. Infelizmente, sabemos que ainda estamos longe de ser uma sociedade consciente no correto descarte do lixo.

Mas como eu tinha uma sementinha plantada, assim que conseguimos fechar o lixão de Caldas, enquanto eu era prefeito, e criarmos o Consórcio entre municípios vizinhos para que os dejetos fossem corretamente descartados e aterrados numa área do município de Andradas, eu quis disseminar essa sementinha da consciência e atitude sobre os materiais recicláveis.

Coleta seletiva é o melhor caminho

A importância da coleta seletiva é justamente a redução dos impactos ambientais do consumo. Quando separamos o lixo (ou o que sobrou do que consumimos), facilitamos muito o seu tratamento e diminuímos as chances de impactos nocivos para o ambiente e para a saúde da vida no planeta, incluindo a vida humana.

Por isso, batalhei e consegui levar a campanha sobre a importância da coleta seletiva para as escolas da cidade. O simples ato de colocarmos lixeiras coloridas e identificadas para cada tipo de material reciclável estimulou a garotada. As crianças e jovens são os melhores multiplicadores de boas ideias e ações.

Paralelamente, o tema era abordado em todas as disciplinas de maneira transversal. A criança aprendia na escola e depois ensinava os pais, irmãos, avós e tios. Com os programas educacionais os nossos alunos se informaram e se tornaram atores das transformações.

Eles perceberam que a coleta seletiva auxilia na reciclagem de diversos tipos de materiais que seriam descartados no aterro e que hoje são destinados aos catadores que passam nas ruas ou às Cooperativas de Materiais Recicláveis. Tem muita gente trabalhando com o reciclável e sustentando famílias e mais famílias.

Educar para preservar

A mudança de costumes e hábitos é fundamental, mas o poder público pode fazer mais. As cooperativas podem receber mais atenção e incentivos. Muitas vezes, elas fazem somente seleção dos materiais (papel, vidro ou plástico), os quais têm, cada um, uma tecnologia específica para ser reciclado.  Sem essa tecnologia e maquinário específicos, os trabalhadores deixam de fazer o beneficiamento e deixam de ganhar mais pelo trabalho.

Como a gente viu, a coleta seletiva emprega milhares de pessoas, contribui para a limpeza das cidades e zona rural, conserva os recursos naturais, diminui a poluição do meio ambiente e estimula a consciência ambiental. Eu abraço essa causa como uma das mais importantes para o desenvolvimento sadio e responsável de uma comunidade.

Vou aproveitar e deixar aqui algumas curiosidades sobre a taxa de reciclagem de alguns produtos no Brasil.  Veja como podemos fazer muito mais.

Segundo a Associação Empresarial para Reciclagem (CEMPRE), o Brasil produz mais de 240 mil toneladas de lixo por dia, dos quais 45% é reciclável. No entanto, o país recicla apenas 2% do lixo urbano produzido.

Plástico

23,1% de todo o plástico produzido em 2020 foram reciclados.

 O volume de resina plástica pós-consumo produzido no Brasil em 2020 foi de aproximadamente 884 mil toneladas.

Fonte: http://www.picplast.org.br

 

Latas de aço

47,1% das latas de aço consumidas no Brasil foram recicladas em 2019.

Cerca de 200 mil toneladas de latas de aço pós consumo retornam para o processo de reciclagem e mais de 9 milhões de toneladas de aço pós consumo são transformadas em novo aço.

Fonte:

www.abeaco.com.br/

www.prolata.com.br/

 

 

Latas de alumínio

98,7% das latas de alumínio foram recicladas em 2021.

Praticamente a totalidade de latas que foi colocada no mercado voltou para o ciclo produtivo.

Das 415 mil toneladas de latas comercializadas no período, 409 mil toneladas foram recicladas.

O Brasil é o país que mais contribui para a reciclagem do alumínio no mundo.

Fonte:

www.reciclalatas.com.br

 

Embalagens longa vida

42,7% foi o percentual de embalagens longa-vida recicladas no Brasil, em 2020.

O principal material das embalagens é o papel-cartão.

O papel-cartão é um material renovável, feito de madeira.​

As embalagens são totalmente recicláveis e têm em sua constituição até 80% de materiais provenientes de fontes renováveis.

Fonte:

www.tetrapak.com/br/sustainability

 

Papel

66,9% foi o índice de reciclagem para o papel em geral, em 2019.

O Brasil figura entre os principais países recicladores de papel do mundo.

Em 2018, 5,1 milhões de toneladas retornaram para o processo produtivo.

O índice de reciclagem geral para o papel é de 66,9% (2019). Se considerarmos somente os papéis de embalagem, esse índice fica em torno de 85%.

Fonte:

https://anap.org.br/

https://www.abpo.org.br/

https://www.abtcp.org.br

https://www.iba.org

 

Vidro

25,8% foi o índice de reciclagem do vidro no ano de 2018. A taxa foi divulgada pela Associação Brasileira da Indústria do Vidro – Abividro no Planares.

Fonte:

www.abividro.org.br/



O projeto “Conservador das Águas” garante o futuro de comunidades

Como eu cresci nas fazendas dos meus avós e tios, aprendi desde cedo que a gente precisa conservar e preservar o que tem na propriedade, senão, uma hora vai faltar. Ter água em abundância é um dos dilemas de muitos produtores rurais. E falo de água para uso pessoal, para cozinhar, limpeza, para servir aos animais, ou seja, para tudo. Tem hora que não adianta ter caixa grande, caimento de terreno se não tem água na mina.

Por isso, enquanto estive como prefeito de Caldas, uma das coisas que eu prospectei e realizei, foi conseguir conciliar a agricultura com a preservação do meio ambiente, focado na recuperação das nascentes de água do município. Uns anos antes, eu tinha assistido à uma reportagem no Globo Rural sobre a revitalização de nascentes que me chamou muito a atenção. Então, na hora que assumi o executivo, pensei: -Chegou a hora de Caldas dar esse importante passo para a sustentabilidade do meio ambiente.  

A origem do projeto

Inovamos ao trazer para o município o projeto “Conservador das Águas”. O programa iniciado na cidade de Extrema (MG), e depois implantado em Caldas, visa preservar e recuperar áreas que conservam importantes mananciais de abastecimento com a revegetação local. O proprietário das terras com mananciais de abastecimento recebe um pagamento pela preservação do local, se tornando um “produtor de água”.  Hoje o projeto aplicado em Caldas é exemplo e está sendo instituído em cidades vizinhas.

Eu mesmo já presenciei emocionado uma grota cercada de árvores nativas se impondo no que era antes, um pasto de braquiária com nascente a céu aberto. O processo de recuperação ambiental se concretizou.

Para quem ainda não conhece o projeto, na prática, são assinados contratos com as propriedades rurais e, após a adesão, executam-se ações de restauração como o plantio de árvores nativas, implantação de bacias de contenção para a água da chuva e a construção de terraços.

Os pagamentos são realizados mensalmente após o relatório expedido pela Secretaria ou divisão do Meio Ambiente, atestando o cumprimento das metas. O não cumprimento das metas acarretará a interrupção do apoio financeiro.

Preservação da natureza é fundamental

Os ambientalistas, biólogos e pesquisadores já chancelaram que a restauração do entorno de rios e nascentes é uma prática necessária, urgente e que gera resultados efetivos.  

As florestas e matas, em especial as que margeiam os rios e nascentes, desempenham um papel essencial para o equilíbrio dos ecossistemas e para a qualidade e quantidade de água. A ausência de cobertura florestal nas margens dos rios e nascentes prejudica esse equilíbrio: em períodos de estiagem, pouca água acaba fluindo nos leitos e, nas épocas de chuvas, ocorrem enchentes e enxurradas. As florestas nesses locais funcionam como uma espécie de esponja – absorvem e liberam aos poucos a água da chuva, alimentando o lençol freático e, em consequência, os cursos de água na região.

O mesmo ocorre com os topos de morro. Esses funcionam quase como caixas d’água, armazenando a água da chuva. Se não há árvores nessas áreas, a água desce sem se infiltrar no solo. As práticas do projeto Conservador das Águas, como a construção de terraços, bacias de captação de chuva e adequação de estradas próximas, buscam reverter esse processo.

 O Projeto “Conservador das Águas” é um bom exemplo de como uma política pública de longo prazo pode apresentar resultados satisfatórios. Um projeto de lei nacionalizando essa prática, pode beneficiar o país quanto à preservação do meio ambiente, ao proteger o solo e a biodiversidade, ajuda a melhorar o clima e a qualidade da água, e ao mesmo tempo, desenvolve uma economia florestal, gerando emprego e renda para comunidades rurais. Ao “engordar as nascentes”, o produtor rural passa a produzir água não só para desfrute particular, mas em benefício público.

Eu soube colocar em prática e sei que é possível todo município aderir a um programa como este. Com boa vontade, uma boa gestão e leis eficazes, podemos pensar em um futuro melhor.

Em 1933 o Presidente Getúlio Vargas assinou o Decreto Lei 23.133 que regularizava a profissão e ensino da Medicina Veterinária no Brasil, com o princípio de cuidar da saúde dos animais preservando a saúde do ser humano.

Isso mesmo! A minha profissão visa todo o cuidado e respeito com o animal, mas o objetivo final é prevenir que eles incidam alguma doença sobre o ser humano, como as zoonoses, que são as doenças transmitidas pelos animais (raiva, Covid-19, dengue, leptospirose, etc), e ainda doenças transmitidas pelos alimentos de origem animal.

Para que os profissionais da medicina veterinária exerçam esse papel perante a sociedade, além dos conhecimentos básicos é necessário que compreendamos uma série de fatores que relacionam os animais aos humanos, a produção de alimentos de origem animal, bem como os tipos de doenças dos animais nos humanos e como os seus vírus, bactérias e parasitas agem no corpo. Estamos falando aqui sobre manter a boa relação entre animal e ser humano, estamos falando de saúde pública.  

E por que ainda temos tão poucos veterinários nas prefeituras? No Brasil, a queda da representatividade da Medicina Veterinária no serviço de saúde é causada pela falta de articulação social e política pelos profissionais dessa categoria. Existe uma baixa expressividade e participação dos médicos veterinários nos Conselhos Municipais de Saúde, fato esse que deve ser corrigido o quanto antes, para permitir uma maior participação dos médicos veterinários na construção das políticas e estratégias da saúde pública nacional.

Importância do Núcleo de Apoio à Saúde da Família

Em 2011 foi criado o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS). O programa é constituído por equipes multiprofissionais e também compreende médicos veterinários graças à Portaria GM/MS nº 2.488 de 21 de outubro de 2011. Infelizmente, apenas a existência desta portaria não garante a sua efetividade, pois as equipes são formadas de acordo com a região. É muito importante que todas essas equipes envolvam a veterinária, mas isso só ocorre quando o gestor ou a população compreende essa necessidade. Só assim poderemos otimizar a saúde pública quanto à prevenção de zoonoses e ainda, o cuidado para com os animais.

Enquanto prefeito de Caldas (2013-2018) criei mecanismos por meio de políticas públicas para a contratação de mais médicos veterinários. Implantei a Clínica Municipal Animal de Caldas para atender cães e gatos abandonados ou de famílias de baixa renda. Ali são oferecidos os serviços de pequenas cirurgias, castrações, consultas e medicamentos.

Além disso, enquanto presidia a Associação dos Municípios do Alto Rio Pardo (AMARP), que engloba 10 municípios, conseguimos comprar um ônibus que funciona como castramóvel. De 2017 para cá foram mais de 15 mil castrações de machos e fêmeas nessas cidades. Uma iniciativa que ajuda no controle populacional dos pets.

SUS animal

Eu sei que podemos fazer muito mais. Além de estruturar as Unidades de Controle de Zoonoses em todo município, uma das minhas metas é viabilizar a criação do SUS Animal. Quem tem um pet dentro de casa sabe que o animal é como um ente da família. Os animais adoecem, sofrem acidentes e envelhecem como nós, e precisam de atenção e cuidados especiais. Muitas famílias se encontram impossibilitadas de custear qualquer tratamento para o cachorro ou gato. E o pior, muita gente ainda se endivida para salvar o animal.

Essa é uma das razões desta bandeira que tanto defendo. Eu tenho consciência que a atuação política é fundamental para concretizar convênios com clínicas particulares e a construção de hospitais veterinários para atender, principalmente, os animais abandonados e os de famílias carentes.

Com o SUS Animal a castração também vai se mostrar mais efetiva por meio de campanhas, diminuindo consideravelmente o número de animais abandonados pelas ruas.

E primordialmente, eu já trabalho em muitas frentes que articulam a valorização do médico veterinário. É necessário que as prefeituras contratem mais médicos veterinários, porque além do zelo pelos pets, da luta contra os maus tratos, temos as doenças consideradas zoonoses que refletem diretamente na qualidade da saúde pública de uma comunidade. Cuidar da saúde é olhar para um futuro promissor, digno, mais justo e feliz.



Este ano, no mês de maio, me assustei com um Comunicado de Risco enviado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) de Minas Gerais. O tema era a raiva que volta a ser notificada no estado depois de 10 anos sem nenhum registro. O CRMV alerta que de 2021 e 2022 a raiva tem sido identificada principalmente em morcegos, mas têm casos isolados em cães e gatos. No Vale do Mucuri, leste de Minas, 5 casos suspeitos de raiva humana levaram crianças e adolescentes à morte.

Eu como veterinário, ciente da precaução e controle das zoonoses fico muito preocupado e triste de receber essas notícias. Sabe-se que a precariedade dos Centros de Controle de Zoonoses, em muitos municípios, acabam contribuindo para este quadro.

75% das doenças são zoonoses

Em conversa com a minha colega de profissão Rafaela Luns, Chefe de Fiscalização do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais e vice-presidente da Associação Brasileira de Gestão Técnica em Medicina Veterinária, a gente percebe que a estruturação dos Centros de Controle de Zoonoses é uma demanda urgente. “Hoje em dia 75% das doenças são zoonoses. Gosto do conceito de saúde única. Um Centro de Zoonoses eficaz reduz custos no atendimento médico das pessoas e melhora a qualidade de vida dos animais. Para se ter uma ideia, o governo de Minas Gerais não sabe quais cidades têm ou não um Centro de Zoonoses. Isto é grave porque muitas medidas de prevenção deixam de ser executadas. O Conselho Regional de Medicina Veterinária (MG) já pediu um levantamento junto ao Ministério Público e à Secretaria Estadual do Meio Ambiente”, declarou Rafaela.

Centros de Controle de Zoonoses são fundamentais para os municípios

Para quem ainda não sabe, os Centros de Controle de Zoonoses (CCZ) têm papel importante nos municípios, no sentido de combater e impedir a propagação de doenças transmitidas entre animais e a população humana, e que podem desencadear risco à saúde pública, como a raiva. Outras zoonoses que sempre estão sob o radar de nós, veterinários, são a dengue, a chikungunya, leptospirose, malária, doenças causadas por vermes e tantas outras enfermidades que acometem os animais e humanos.

Os Centros também são responsáveis pelas inspeções sanitárias, pelo controle de animais como ratos, pombos e animais peçonhentos (aranha, cobra, escorpião, etc); além da averiguação de denúncias de maus-tratos e abandono, sendo capazes de recolher os animais em perigo e dar-lhes o cuidado necessário.

O gerenciamento de resíduos sólidos de cadáveres de animais precisa atender aos requisitos ambientais e de saúde pública. Para o correto descarte, os animais mortos ou sacrificados, pelos mais diferentes motivos, são de responsabilidade do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da prefeitura, que deve seguir a legislação para incinerar ou depositar o animal em aterro sanitário controlado.

Outros usos dos Centros de Zoonose

Outros papéis desempenhados pelos Centros de Zoonoses são as campanhas de vacinação, vermifugação e castração – ajudando a manter os animais saudáveis e a controlar a geração de uma possível superpopulação, fator que ajuda bastante a diminuir as taxas de abandono de animais em todo o país.

Com tantas ações importantes para a manutenção da saúde pública eu me questiono como os prefeitos e gestores não prezam pela Unidade de Controle de Zoonoses. Infelizmente ainda falta capacitação, informação e gestão na estruturação dos Centros.  Talvez seja hora de criarmos novas leis e mecanismos de vigilância para que todo município tenha a unidade de zoonose como prioridade.  

Precisamos desse mapeamento dos Centro de Controle de Zoonoses para criarmos políticas públicas pertinentes ao perfil de cada comunidade. Em cada região do estado ou do país, existe uma realidade diferente da outra. Vale lembrar que a Covid-19 era uma zoonose que se transformou em uma epidemia humana.

É fato que precisamos agir e sermos autores de transformações para melhoria da saúde pública. É fundamental que todo município tenha uma unidade de Controle de Zoonoses estruturada e com a atuação efetiva de médicos veterinários.



O primeiro Hospital Público Veterinário de Minas já funciona em Belo Horizonte 

Em maio deste ano fui convidado pelo deputado estadual Osvaldo Lopes para fazer uma visita ao primeiro Hospital Público Veterinário de Minas Gerais, que fica em Belo Horizonte. A unidade funciona há um ano e é resultado de muito trabalho dos meus colegas veterinários, do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas, das Universidades, que ali colocam os alunos em estágios, da prefeitura de Belo Horizonte, e é claro, do meu parceiro pela causa animal, o deputado estadual Osvaldo Lopes que destinou muitos incentivos para viabilizar essa obra.

Ali, são atendidos animais de diversas espécies, de pequeno, médio e grande portes. São feitos exames, consultas, cirurgias em várias especialidades e castrações. É importante salientar que o Hospital Público atende os animais de rua ou animais de famílias de baixa renda, que já estejam cadastradas em programas de promoção social.

Em conversa com o doutor Aldair, um dos médicos que atendem no Hospital Público Veterinário, fiquei ainda mais feliz de saber que ali, foi inaugurado o primeiro Instituto Médico Veterinário Legal (IMVL) do Brasil. “Aqui a gente tem o grupo que faz o socorro e resgate de animais em situação de vulnerabilidade e temos o primeiro Instituto Médico Veterinário Legal do país, apto a emitir dados para ajudar a polícia na resolução dos crimes de maus tratos contra os animais”, explicou o Dr. Aldair Pinto, coordenador do novo IMVL.

Eu tenho muito orgulho de Minas ter saído na frente na luta contra os maus tratos de animais. E uma coisa puxa outra. Em 2020 foi sancionada uma lei que aumenta a punição contra quem pratica os maus-tratos e a atuação do médico veterinário se torna ainda mais essencial no combate à impunidade. Os laudos de animais vitimados serão de suma importância para a aplicação da lei.

Confesso que fico emocionado de ver o SUS Animal se concretizando e sei que essa demanda existe em outras regiões do estado. Quem tem um pet dentro de casa sabe que o animal é como um ente da família. Os animais adoecem, sofrem acidentes e envelhecem como nós, e precisam de atenção e cuidados especiais.

O SUS Animal que atende os animais abandonados e os de famílias carentes, pode ser viabilizado por meio da construção de hospitais veterinários regionais e também pela parceria público-privada com clínicas, universidades e centros de diagnóstico. É como funciona o nosso SUS. Se determinado exame não é realizado no hospital, ele destina o paciente para uma clínica particular que realiza o diagnóstico e depois repassa o valor.  

Quanto mais os animais têm acesso a um sistema de saúde, garantiremos uma saúde global. Afinal, atualmente, 75% das doenças constatadas em humanos são zoonoses, vem dos animais (dengue, malária, raiva, vermes, leishmaniose, leptospirose, etc). Se trabalharmos para estreitar a relação do controle de zoonoses com a saúde pública, iremos reduzir custos e melhorar a qualidade de vida das pessoas e dos animais.

Com o SUS Animal a castração também vai se mostrar mais efetiva por meio de campanhas, diminuindo consideravelmente o número de animais abandonados pelas ruas. Eu tenho consciência que a atuação política é fundamental para a gente democratizar e levar a experiência de Belo Horizonte para todas as regiões do estado. A causa animal, a luta contra os maus tratos e o abandono, fazem parte da minha batalha diária como médico veterinário e político. Vamos em frente, porque podemos muito mais com boa gestão e vontade. 



Pedra fundamental é reinaugurada sem verbas para tirar o projeto do papel

Há 10 anos, durante o meu mandato como prefeito de Caldas, eu e outros prefeitos apresentamos ao governo do estado o projeto para a construção de um Hospital Regional do Câncer. O projeto foi aprovado, o dinheiro liberado, o terreno foi comprado na cidade de Poços de Caldas e a pedra fundamental inaugurada. Ficamos todos muito contentes, afinal tínhamos conseguido prospectar um projeto de saúde pública pelo qual a demanda crescia dia a dia na nossa região.   

Sabemos da rotina desgastante, da peregrinação dos pacientes oncológicos, bem como dos seus familiares em busca de atendimento. O câncer é uma doença devastadora que não escolhe cor, raça, credo e nem condição social. Eu já tive duas pessoas da minha família que passaram por tratamento e sei o quanto é difícil para o paciente e familiares.

Projeto não saiu do papel

Com a construção do hospital em Poços de Caldas íamos conseguir amenizar dores, ampliar o atendimento e diminuir a distância dos deslocamentos para pacientes que muitas vezes precisam se tratar em outras regiões do estado e até mesmo em estados vizinhos.  

Mas infelizmente o projeto não saiu do papel, o convênio assinado com o governo do estado foi suspenso e o dinheiro teve que ser devolvido. Teve ainda a troca de governo, a falta gestão política de alguns administradores da região e a falta de união para que o projeto se concretizasse.

Antes da pandemia, mesmo sem mandato, eu atualizei o projeto do Hospital Regional do Câncer, tive ajuda até mesmo do Hospital Santa Casa de Poços de Caldas com essa atualização, e fui reapresentá-lo para o então ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta. 

Estive em Brasília (DF) com o projeto por 3 vezes, mas sem as autoridades locais, que não quiseram comparecer nas reuniões, e a representatividade de deputados estaduais ou federais, me sinalizaram que nada podiam fazer naquele momento.

Falta de representatividade 

Novamente reafirmo que sem a representatividade de um sul mineiro no Congresso, tudo fica mais difícil de ser alcançado. E o atendimento oncológico segue com a demanda alta e em exponencial. Poços leva gente para tratar em outras cidades, mas é referência de tratamento para muitos pacientes de municípios circunvizinhos.  O Cacon ou Unacon- Unidade de Atendimento de Alta Complexidade em Oncologia, que foi criada em 2003, atende pacientes de Poços de Caldas e de cerca de 80 cidades da região. A unidade oferece um atendimento multidisciplinar com médicos, enfermeiros, fisioterapeuta, psicólogo, assistente social e nutricionista. Por mês, são em média, 3 mil atendimentos. O Hospital Santa Casa também atende os pacientes oncológicos com cirurgias e sessões de quimioterapia, mas é necessário ampliar os atendimentos e especialidades.

No início deste ano veio a notícia de que um grupo político estaria “reinaugurando” a pedra fundamental, no mesmo local de dez anos atrás, o que me parece mais um oportunismo político, pois já se passaram meses e nada de liberação de verbas para a construção do Hospital Regional do Câncer. Ficou só na conversa e registros fotográficos.

Por isso, é tão importante neste ano de 2022 elegermos deputados e senadores da nossa região. Precisamos de representantes que conheçam a nossa realidade, utilizem os mesmos serviços que a população, porque só assim haverá conhecimento, entendimento e empatia sobre a realidade dos moradores do sul e sudoeste mineiro.  




Todo mundo sabe que Minas Gerais é o maior produtor de leite e queijo do Brasil. Conforme dados do Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas Gerais (Silemg), em 2020 o Brasil produziu 1,2 milhão de toneladas de queijo. Destas, 40% vieram de Minas Gerais. 

Além do consumo para o mercado, naquele ano as exportações brasileiras de queijo  alcançaram 76 milhões de dólares. Pode parecer muito, mas não é. A produção queijeira de Minas Gerais é de primeira qualidade e tem valor agregado. 

Essa não é uma opinião pessoal, basta ver todos os prêmios que os queijos mineiros ganharam nos últimos anos em competições onde estiveram lado a lado com produtos europeus, por exemplo. 

Em setembro de 2021, na 5ª edição do Mondial du Fromage et des Produits Laitiers de Tours,realizada na França, os queijos brasileiros conquistaram 57 medalhas, sendo 5 super ouros, o mais alto prêmio. Do total, 40 foram para produtores de Minas Gerais.

Mais recentemente, em junho de 2022,  Araxá sediou a ExpoQueijo, onde foi realizado o Concurso Internacional do Queijo. Foram mais de 600 peças participantes, produzidas em diferentes estados brasileiros e em cinco outros países. O corpo de jurados incluía  brasileiros estrangeiro também. Entre os melhores queijos, que foram premiados com a medalha de ouro, dois são do Sul de Minas: o Maria Fumaça, produzido em Itanhandu, e o Sabor da Alagoa, feito na cidade de Alagoa. 

Há muitos outros prêmios que poderiam ser citados, mas a questão que se impõe é: se os queijos de Minas Gerais estão entre os melhores do mundo, por que eles não são competitivos no mercado?

O Canal Rural mostrou que, em 2020, o Brasil exportou 4 mil toneladas de queijo, mas  importou cerca de 31 mil toneladas. Ou seja, quase quatro vezes mais no mesmo período.  Esse queijo estrangeiro chega aqui com valor mais alto e recebe benefícios. Por exemplo, em março deste ano o governo zerou a taxa de importação de queijos. 

Quem me conhece sabe que eu sempre apoiei a cadeia produtiva do leite e do queijo. Mas precisamos ver uma valorização do nosso produto, ter incentivos para produzir cada vez mais e melhor, investir em tecnologia para aprimorar o que já é bom e receber apoio para exportarmos nosso produto como “primeira linha”, o que nem sempre acontece 

A solução passa por Brasília, por um programa nacional que valoriza, sobretudo, o pequeno produtor. Afinal, um levantamento feito pelo Sistema Safra Agroindústria da Emater-MG mostrou que, em  2021, do total de estabelecimentos agroindustriais de leite e derivados do nosso estado, 92,6% era proveniente da agricultura familiar.

Há muitos números que mostram isso e são importantes para se entender o cenário. São  2,3 mil agroindústrias familiares de Queijo Minas Frescal, outras 927 de Queijo Muçarela e cerca de 400 unidades de processamento de Queijo Minas Padrão. 

Quando se fala de queijos artesanais mineiros, temos 3,3 mil agroindústrias de Queijo Minas Artesanal,  600 unidades de processamento de Requeijão Moreno e ainda 570 de Queijo da Serra Geral.

O queijo “made in Minas” é bom, sô. O Brasil já sabe disso, agora precisamos fazer “o mundo todo saber”. Com políticas públicas assertivas e vontade política, tenho convicção que podemos fortalecer a produção e isso vai se refletir na economia do nosso estado e do país como um todo.