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Escolher as espécies corretas é fundamental para não haver riscos de acidentes e intoxicações

Durante a pandemia, o censo pet cresceu. De acordo com o Instituto Pet Brasil, são 139 milhões de animais de estimação no País – só em 2020, foi um aumento de 1,7% em relação a 2019. Ao mesmo tempo, o interesse pelo cultivo de plantas também cresceu – seja pelo efeito visual da decoração ou pela terapia de cuidar de várias plantinhas. Segundo o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), o setor cresceu 10% em faturamento durante 2020.

Essa combinação, no entanto, exige atenção: quais espécies de plantas são seguras para quem tem animais em casa? “Mais de 90% dos casos de relatos de intoxicação tem relação com os cães”. Gatos são mais “seletivos” na ingestão de substâncias diferentes ao que ele está acostumado.

Uma planta é considerada tóxica quando os pesquisadores conseguem fazer uma associação ao sinal que o animal está apresentando – vômito, diarreia, apatia – logo após a ingestão ou contato com alguma espécie (conheça algumas nesta página). Mas não necessariamente uma planta com princípio tóxico causará mal para todos os animais, pois a toxicidade em si depende de vários fatores: idade, sexo, peso, raça, quantidade de ingestão.

É importante lembrar que, de modo geral, os filhotes vão até um ano. Mas labrador, golden, beagle, são raças de eternos filhotes. Se ele for curioso, evite as plantas tóxicas. Agora, se ele só faz bagunça quando você está fora, pode ser um sinal de tédio ou saudades. Para garantir, deixe as espécies em um local fora do alcance dos bichos.

O senso comum é de que uma folhinha da planta tóxica vai causar o óbito do animal, mas não é assim. No entanto, existem certas plantas que o animal nem precisa engolir, mas só de mordiscar, como a costela-de-adão ou a comigo-ninguém-pode, que pode causar inflamação nos olhos, na boca, na língua do animal.

Na dúvida sobre a toxicidade da planta, observe o animal. Mas caso pegue a bagunça no ato, é ideal lavar a boca do bichinho. Caso um animal venha a ingerir uma planta que está na listagem de plantas tóxicas, cerca de 30 minutos a uma hora depois ele começará a apresentar vômito, diarreia, e aí é bom encaminhar para o veterinário, que irá fazer a desintoxicação do trato intestinal – se possível, leve a planta, ou pelo menos uma foto.

Ulisses Guimarães Borges
Médico Veterinário • CRMV 14051 MG

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A raiva é uma zoonose causada por um vírus que infecta animais domésticos e selvagens, e se transmite às pessoas pelo contato com a saliva infectada através de mordidas ou arranhões. Os cães são os principais transmissores da raiva às pessoas no mundo. A doença chega a ser fatal em quase 100% dos casos.

A transmissão se dá normalmente pela mordida de animais infectados, mas também existe a possibilidade de se contrair a doença pelo contato da saliva do animal raivoso diretamente nos olhos, mucosas ou feridas.

Sintomas:

O período entre o acidente com o animal e o aparecimento dos sintomas é extremamente variável. Pode ser de alguns dias a até anos, com uma média de 45 dias, no homem, e de 10 dias a 2 meses, no cão. Em crianças, existe tendência para um período de incubação menor que no adulto.

Os sintomas são parecidos com os da gripe, incluindo fraqueza geral, desconforto, febre ou dor de cabeça. Mas à medida que a doença avança, ocorrem alucinações, espasmos musculares involuntários e paralisia leve ou parcial, que pode levar a pessoa à morte.

Prevenção:

Atualmente, a segurança e a eficácia das vacinas para pessoas e animais são uma das estratégias mais importantes para o controle da raiva. Por isso, animais domésticos devem ser vacinados anualmente contra a doença. Também é importante evitar aproximação de cães e gatos sem donos, não mexer ou tocar neles, sobretudo quando eles estiverem se alimentando ou dormindo. Além disso, nunca toque em morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.

Contudo, se você for agredido por um animal, lave o ferimento abundantemente com água e sabão e passe um antisséptico. Mas isso não é o suficiente. É fundamental procurar assistência médica e informar detalhes do acidente ao profissional de saúde, se o animal tem dono, o local do acidente, entre outros.

A data de 28 de setembro foi escolhida em homenagem a Louis Pasteur, quem produziu a primeira vacina contra a raiva, e marca o Dia Mundial de Luta contra a Raiva, promovido pela Aliança Global para o Controle da Raiva, com o fim de criar consciência sobre as consequências da raiva humana e animal, e explicar a maneira de preveni-la.


Dr. Ulisses Guimarães Borges

Médico Veterinário • CRMV 14051